sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Síndrome de HELLP

Síndrome HELLP é uma complicação obstétrica rara, pouco conhecida e de difícil diagnóstico, que pode acontecer na gravidez ou no pós-parto, podendo causar a morte da mãe (2%) ou do feto (8%). É considerada por muitos uma variação da pré-eclâmpsia e ocorre em 0,2% a 0,6% das gestações
"HELLP" significa os três principais elementos da síndrome: (H) hemólise, que envolve a destruição dos glóbulos vermelhos, (EL) enzimas hepáticas elevadas e (LP) baixa contagem de plaquetas.
Embora a causa da HELLP ainda não seja completamente entendida, a síndrome pode levar a insuficiência cardíaca e pulmonar, hemorragia interna, acidente vascular cerebral e outras complicações graves na mãe. Ela também pode levar a descolamento completo da placenta e consequente morte fetal. Outras complicações sérias para o feto incluem crescimento uterino restrito e síndrome da angústia respiratória.
Infelizmente não há forma de evitar o problema e embora qualquer gestante possa contrair a síndrome, os maiores riscos são para as gestantes brancas, que têm mais de 25 anos de idade, que já deram à luz anteriormente, têm problemas na pressão sanguínea, como pressão alta, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia ou já tiveram problemas de HELLP, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestações anteriores.
O seu difícil diagnóstico deve-se ao facto de a maioria dos sintomas serem comuns em gestações normais e facilmente confundidos com outras doenças como a gripe. Incluem aumento da pressão arterial e inchaço, fadiga, mal-estar generalizado, dor na parte superior direita do abdómen, náuseas, vómitos, dor de cabeça e retenção de líquidos, acompanhada por ganho de peso. Algumas mulheres também têm convulsões.
Se houver suspeitas poderá ser pedido hemograma completo, a fim de detectar sinais de anemia hemolítica e verificar a contagem das plaquetas. Também poderão ser pedidos testes da função hepática para detectar enzimas específicas que indicam danos nos rins, bem como estudos sobre a coagulação sanguínea.
Quando a doença é diagnosticada, através de exames laboratoriais e clínicos, o tratamento indicado é interromper a gestação, independente da fase gestacional, para que o quadro geral da mãe seja corrigido. Poderá ser feita indução (com ou sem o uso de agentes de amadurecimento pulmonar, como corticosteróides) ou programar uma cesariana antecipada. Se a gestante estiver com menos de 32 semanas de gestação e os sintomas não forem severos, pode-se optar por uma abordagem conservadora: repouso absoluto, ingestão de líquidos e monitorização cuidadosa. Isso dá ao feto tempo para amadurecer. Pode-se também administrar medicamentos para controlar ou prevenir complicações como pressão sanguínea alta ou convulsões e se a anemia ou os problemas de sangramento forem severos, uma transfusão de sangue.
Em relação ao bebé, este pode apresentar complicações relacionadas com a prematuridade, como a síndrome da angústia respiratória, podendo ter que ficar na UCI neonatal, para ser monitorizado à medida que se continua a desenvolver.

(http://bebe2000.com.br/bebe-0-a-1/doencas/hellp/)
(http://guiadobebe.uol.com.br/sindrome-de-hellp/

Update:
Vejo que este post tem tido algumas consultas e resolvi fazer aqui uma nota: eu não estava sensibilizada para isto!
Como já disse noutro post, o principal sintoma que tive foram as dores (horríveis) na parte superior direita do abdómen. As poucas náuseas, cansaço e mal-estar geral, associei a estas dores e ao facto de já estar a entrar no 8º mês. Mesmo sendo dores muito fortes pensei que fosse pela falta de espaço e pela pipoca estar a crescer. Os outros sintomas apenas são detectados por análises clínicas, pelo que não são detectados excepto se houver alguma suspeita. No dia em que fui ao hospital (para consulta de rotina), tinha começado a falência renal e a tensão tinha começado a subir. Ainda não tinha dado por isso, mas a médica estranhou o meu estado e decidiu pedir as análises, onde se confirmou o diagnóstico. Internamento imediato, indução falhada, cesariana com anestesia geral (já não podia fazer epidural, por causa do valor das plaquetas). Felizmente tudo correu bem. Mas se acham que algo não está bem, digam, resmunguem, gritem! :)

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